É para dias como o de hoje que este blogue existe. Dias ímpares na tugalândia. Dias em que nos aproximamos do céu. Não o céu dos poetas, mas um proxy. O céu dos figurões. Alguém sentirá, ou está já a sentir, o inebriente caminhar nas nuvens. Elevado ao clube dos eleitos. Não pelo voto dos energúmenos mas pela escolha dos seus pares. Em circunstâncias destas, é sabido que a visão se torna em farsight, o ouvido médio passa a sintonizar música celestial. O cérebro sofre mutações e convulsões. O Ser cresce mesmo alguns centímetros. Relativizam-se as coisas espúrias. Estas alvas e castas figuras elevam-se acima do Monte Olimpo e revela-se-lhes em toda a sua beleza o segredo da vida politica. É a verdadeira ascensão ao grau trinta e oito do segredo dos pedreiros livres. Para nós que ficamos cá em baixo, a olhar o vazio e os, ocasionais, pontos brilhantes, quais estrelas cadentes, só nos resta tomar como nosso o êxtase alheio....na certeza que amanhã, ou quiçá depois de amanhã, uma vez que mais uma vez temos a hipótese de resgatar a nossa impotência numa vitória efémera de futebol, poderemos voltar ao quotidiano mais descolorido mas perene e certo. Menos excitante, mas conhecido, menos desafiante , mas para o qual já construimos variadíssimos mecanismos de defesa.
e não é que somos de novo favorecidos pela bondade do tribuno em perder tempo connosco?! Bem haja.
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