terça-feira, fevereiro 26, 2008

Non sense

O carnaval propriamente dito já passou. Não obstante, a mim de facto parece-me que todos fazemos questão e esforço por perpetuar a coisa. A situação da justiça, em particular, nos ultimos dias e semanas tem facultado suplementos de saudável loucura quotidiana. O país está deliciosamente esquizofrénico. E, podendo pagar o imposto automóvel pela Net, ao fim ao cabo a maior parte de nós não morrerá já sem essa louvável, inelutável, assinalável experiência. Bem hajam os que nos proporcionaram esse inolvidável avanço. Mas voltando à esquizofrenia, um novo momento telúrico é agora exemplificado pela situação dos felizardos que ainda tem carros em seu nome ainda que os tenham vendido há mais de dez anos. Numa situação vulgarissima de entrega do carro por troca de outro novinho em folha, todos assinámos os papelinhos da cedência da propriedade ao concessionário que nos vende o carro novo, só que parece que cerca de um milhão de compradores do carro velho nunca chegaram a mudar a propriedade. Agora aqueles que cuidavam ter vendido o carro tem de pagar, pela Net, pela Net... o imposto devido. Claro que poderão reclamar e, segundo uma criatura bondosa do governo, poderão pedir que o carro antigo seja apreendido, como mecanismo de pressão sobre o actual dono para ele tratar da papelada. Ora aí está. Paguem o imposto, mandem apreender o carro e lá para dois mil e setenta e oito vejam a situação resolvida num tribunal especial para os carros mal registados....

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