domingo, fevereiro 11, 2018

do uso cada vez menos frequente do que se situa a norte do cerebelo ...


Esta foto circula no facebook "oferecida" (pelo menos) por dois sites bastante curiosos ....

https://www.facebook.com/bastiatinstitute/photos/a.109925389051155.5688.107087879334906/1638531706190508/?type=3&theater

e

https://www.facebook.com/TheOther98/photos/a.115969958413991.17486.114517875225866/2267703029907329/?type=3&theater

e comecei a ver esta curiosa estatística replicada ... quase ... "viral" ....
claro que existe muito a dizer sobre esta sofisticada série de bolinhas ... not the least o facto de quiçá não ser surpreendente que o coração deixar de bater seja uma monótona consequência da velhice ... mas adiante ...


o desafio que me parece interessante é como uma mera associação de parcelas é "interessante" para um site que tem como moto



e outro que tem como desígnio 


o desafio é talvez perceber como é que o boneco inicial serve a "agenda" de duas "agências" simétricas do ponto de vista ideológico ...

talvez a qualidade da "ciência" que está na base da bonecada seja .... piquinina ... não? 

imaginemos que a guerra suplantava a morte por falência de órgãos .... ou que o crime suplantava o cancro ... 


quinta-feira, fevereiro 01, 2018

o Paradoxo da Participação (II) ... o corolário da infantilização

Uma das consequências deste processo de concentração da população nos extremos do discurso público é a de que o nível de agressão se torna demasiado insuportável e, naturalmente, as pessoas refugiam-se no "conforto" dos seus grupos, local onde encontram a reafirmação da bondade das suas crenças, dos seus preconceitos, das suas narrativas e do seus sistema de valores.



O paradoxo emerge de novo sob formas deliciosamente surpreendente.  Em face dos níveis de agressão altos, uma boa parte das pessoas em lugar de crescerem para o confronto tentam proibi-lo e regridem para modos de comportamento totalmente infantis. O que é ainda mais espantoso é que este processo é, por enquanto, muito visível num dos espectros da arrumação social, justamente aquele que "historicamente" deveria comportar a combatividade até porque frequentemente se assume como defensor de um determinismo histórico cuja "inevitabilidade" deveria conduzir à vitória como categoria Hegeliana.

Portanto, o espaço publico torna-se uma arena protegida em que não só existe refugio nas certezas confortáveis do próprio grupo como existe um grande esforço para que o "outro" grupo não tenha a possibilidade de se dirigir aos outros que não os seus. A questão que emerge é que não se trata apenas de censurar o "impronunciável". O discurso abjecto da negação total do outro. Ou o discurso de incentivo à eliminação do outro. Ou o discurso da intolerância total. A questão é que o "impronunciável" se estendeu a todo o discurso diferente do "nosso". Todo o discurso mesmo ligeiramente de dissensão do meu é "impronunciável" e deve ser liminarmente proibido. O que torna a conversa além de inexistente, impossível e mesmo nunca desejável.

E, em face desta situação exibem-se comportamentos absolutamente perplexos. A distribuição de ursinhos de peluche. Em face de palavras "impronunciáveis", de circunstâncias e eventos "impronunciáveis" (todos os que nos afligem) uma parte da sociedade corre para sítios onde alegadamente é proibida...  a realidade. E onde todos tem direito a "amigos" imaginários e de peluche como quando estavam na infância.