quinta-feira, abril 05, 2007

O lodaçal e a porcalhota

Nos últimos dias temos assistido a uma novela deveras hilariante. A intriga, a trama é excelente. Os personagens também são óptimos. E quase todos os dias há uma pequena variação que mantém a tensão e a possibilidade de surpresa e reviravolta.

Já mete dó a involuntária participação do senhor ministro da Ciência em figuração, que é de facto incómoda, no papel de ceguinho. Tem de conseguir um equilíbrio de trapezista. Não enterrar mais o chefe no lodaçal da coisa e tentar sair ileso da dita cuja. Quadrar círculos foi sempre coisa delicada. O chefe por enquanto reservado aparecerá no final como herdeiro da fortuna da tia Genoveva ou como detentor do genuíno coelho da cartola. Lugar maldito parece ser o de reitor. Finalmente terá sido ocupado por um cavalheiro doutorado embora ainda na semana passada. A lista de ex alunos da bendita universidade é notável. A lista de ex professores aparentemente também. Igualmente notável a lista de doutores da mula ruça que eventualmente terão, pelo menos, acabado o liceu mas que foram ou serão potenciais vice reitores quando não mesmo reitores da coisa.

No meio desta ópera bufa é bem possível que a audiência comece a suspeitar que a Universitas é afinal um local de comédia e de gajos cuja característica estatística mais saliente é que dão peidos e arrotos. Pelo menos assim parece. E não há maneira de alguém contrariar a flatulência...

Convinha manter o carnaval quotidiano mas, quiçá, evitar descer já para a porcalhota assim de modo tão abrupto.

4 comentários:

Anónimo disse...

Se ao menos se aproveitasse para fazer uma limpeza geral a Institutos e Universidades ...

sagher disse...

ja agora desculpe mas o problema nao éstá no universidade mas na perversidade de quem a tutela e de quem se alimentou naquela penela.
aconselho a ouvir renaud um cantôr francês imperdivel

Animal disse...

ahhh! atão é por isso qeu tamém dou peidos e arrotos... tava preocupado a pensar que tinha algum problema de gases....

Paulo Calvo disse...

Num país em que se tem orgulho na ignorancia, em que a mediocridade brilha e a lei não passa de uma sugestão é normal que marmelos mais expeditos se sirvam dos expedientes postos à sua disposição por outros marmelos que se serviram de...