segunda-feira, outubro 08, 2007

Entretanto

e continando no fascinante e difícil mundo dos projectos e percursos educativos, esta semana na actividade de estudo acompanhado cá de casa descobrimos coisas fabulosas. Confrontando dois livros de História para o primeiro ciclo, ficamos a saber que:

- num livro os Romanos estiveram por aqui cerca de 700 anos noutro estiveram mais de 400 anos....
- num livro o Conde D. Henrique morreu quando o D.Afonso Henriques tinha três anos enquanto para o outro livro já tinha quatro anos
- num livro a batalha de Covadonga foi em 718 noutro foi em 722
- num livro D. Afonso Henriques conquistou Beja noutro foi o D. Sancho II

O livro solo é uma coisa corporativa, passadista, gera menos emprego, menos lucros, menos impostos. Mas os livros à molhada podiam disfarçar mais....

2 comentários:

Susana Serrano Pahlk disse...

E podia continuar a fazer um estudo intensivo e comparativo dos manuais existentes no mercado português, que nunca se iria cansar pois o espanto iria continuar.
Esta é a garantia de alguém que como mãe já analisou muitos manuais escolares e que como professora o fez por obrigação; nesta última qualidade, sempre que possível optei por não adoptar nenhum manual.

San disse...

Não podiam disfarçar mais, não. Por detrás não está um propósito ou uma ideia. É apenas mais um negócio promíscuo entre o Estado e ínteresses privados.
Numa escola em que a beatitude teconógica ainda não chegou e os recursos virtuais são bem reais, o manual é a memória longínqua do que nos faz estar ali.